A defesa de Ananda, que faz parte da banda Melanina Carioca, solicitou a reabertura do caso de injúria racial que envolve a modelo e musa do carnaval Ana Paula Minerato.
Na última semana, o Ministério Público de São Paulo optou por arquivar a acusação por "insuficiência de evidências". Ananda conta com a assistência do advogado José Luiz Dread, conhecido por sua atuação em casos criminais de relevância. Ele anunciou que já fez a solicitação de reabertura e se compromete a buscar Justiça.
"O processo de reabertura deste caso está em andamento esta semana. Não será uma simples questão técnica que permitirá a um racista evitar a Justiça", declara o advogado.
Ananda também se manifestou em suas redes sociais: "Quero esclarecer que a injúria racial é um crime de ação pública incondicionada, que não necessita de representação da vítima, então deixei isso nas mãos das autoridades competentes. Contudo, após a notícia da reabertura, busquei assistência jurídica. Portanto, aviso: A luta não terminou! Todas as ações necessárias serão executadas.
A controvérsia surgiu no final de novembro, quando gravações divulgadas online mostraram Ana Paula Minerato em uma conversa com seu ex-namorado, o rapper KT Gomez, usando expressões racistas ao se referir a Ananda. Durante a conversa, a modelo fez comentários depreciativos sobre o cabelo e a cor da pele da cantora.
"A empregada [doméstica], a com cabelo duro. Você aprecia cabelo duro, KT? Não sabia que você gostava de mulher com cabelo duro", comentou Ana Paula Minerato. "Sua fala é bem...", disse o cantor, mas foi interrompido pela modelo. "Você gosta de cabelo duro? Você gosta de mulher com cabelo duro, de neguinha? Porque isso ali é neguinha, né? Alguém ali, o pai ou a mãe, veio da África?", completou ela, exaltada.
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Modelo comemorou o arquivamento
Na última semana, Ana Paula Minerato recorreu às redes sociais para celebrar o arquivamento da denúncia. "No final, o bem sempre triunfa sobre o mal", publicou a modelo.
O pedido de arquivamento foi apresentado no dia 17 de dezembro, aproximadamente um mês após a divulgação das gravações. Na decisão, o promotor Carlos Alberto Scaranci Fernandes afirmou que o "discurso abertamente racista" mencionado na acusação não apresenta "qualquer contexto ou descrição dos fatos".
O Ministério Público, ao avaliar a situação, concluiu que não havia motivos suficientes para dar seguimento ao processo. Conforme o relatório, "não é viável perceber a ocorrência de qualquer ato criminoso" com base nas informações apresentadas à Promotoria de Justiça.
"Após revisar o expediente, não há fundamento para prosseguir. A partir das informações enviadas a esta Promotoria de Justiça, não é possível identificar a ocorrência de qualquer conduta criminosa", consta em uma parte do documento do MP.
Diante dessa situação, a sugestão foi pelo fechamento do processo, pois "não existe fundamento para investigar um crime", conforme mencionado em outro trecho do texto. Essa ação será realizada com as necessárias cautelas estabelecidas para esse tipo de caso.
"Portanto, só resta efetuar o fechamento, já que não há fundamento para investigar um crime. Com essa situação, opto pelo arquivamento deste caso, adotando as precauções apropriadas," complementou.
O promotor ressaltou que o arquivamento desta acusação específica não impede que as autoridades policiais ou outros órgãos investiguem novos acontecimentos ou conduzam uma nova investigação, conforme determina o artigo 18 do Código de Processo Penal. A finalização do inquérito não é definitiva e pode ser reanalisada se surgirem novas provas.
Ana Paula chorou em vídeo ao se desculpar
No final de novembro, Ana Paula Minerato apareceu em um vídeo emocionada, pedindo desculpas pelas declarações racistas que fez em relação à cantora Ananda.
"Estou me sentindo muito mal. Reconheço que o que aconteceu foi algo horrível. Quero pedir desculpas a todos que se sentiram ofendidos, especialmente a Ananda, que foi a principal afetada. Foi uma ofensa a uma pessoa que não conheço. Estou absolutamente arrependida e lamento muito por isso," disse Ana Paula, em meio às lágrimas.
Ao concluir sua declaração, a modelo reiterou seu pedido de desculpas e expressou pesar pelo impacto de suas ações.
"Embora este episódio de racismo tenha tomado conta de tudo, admito que cometi um erro grave e que isso foi muito ruim. Reafirmo meu pedido de perdão novamente. Consigo entender que o que fiz foi errado, mas, como mulher, também enfrentei uma situação terrível por causa dessa pessoa que apenas almejava fama. É isso que ele quer: notoriedade. Ele a colocou contra mim várias vezes e me levou a comentar coisas terríveis. Estou muito envergonhada, me sentindo muito mal," concluiu.
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