Eterna Maria Flor para os fãs, Juliana Silveira (44) expressa sua empolgação ao retornar aos palcos com as músicas de Floribella, uma novela famosa do início dos anos 2000. Agora, mais independente e com maior influência nas decisões, a atriz revela que, embora sinta ansiedade, está apreciando imensamente o processo — e garante que não planeja parar por aqui.
"Estou aproveitando tudo que não consegui aproveitar há 20 anos", disse ela em uma entrevista à CARAS. Juliana Silveira realizará duas performances, uma neste sábado, dia 18, no Rio de Janeiro, e outra no dia 25 de janeiro, em São Paulo. Para ela, este momento simboliza um avanço em relação aos shows que fez em 2005.
"Naquela época, eu não estava envolvida nas decisões criativas, não tinha nenhuma autonomia. Apenas ensaiava e subia ao palco para seguir ordens e confesso que, durante os shows, já estava bastante exausta devido ao ritmo intenso de gravações", compartilha.
Ela relata que a fadiga afetava toda a equipe, que decidiu interromper as apresentações após dez shows para evitar conflitos com as gravações. "Naquela época, eu fiquei chateada… estava realmente gostando dessa interação com o público, mas acabei aceitando. Eu não tinha como seguir em frente sozinha, não tinha esse poder de decisão."
Agora, a trajetória toma novos rumos e, apesar das dificuldades, está se mostrando gratificante para a artista. Silveira reconhece o carinho do público, mesmo após 20 anos desde a exibição original da novela, mas não imaginava uma recepção tão calorosa dos fãs — que já esgotaram os ingressos, totalizando mais de 40 mil pessoas.
Para o futuro, ela planeja viajar pelo Brasil com o show, embora ainda esteja avaliando as opções com sua equipe. "Não quero me aventurar além do que posso", esclarece. Abaixo, Juliana Silveira compartilha mais informações sobre os shows e discute outros projetos para 2025. Confira trechos editados da entrevista.
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Qual é o processo de preparação para os shows de retorno de Floribella, 20 anos após a exibição da novela?
Tem sido uma experiência incrível... tivemos pouco tempo para perceber que precisávamos apresentar o que o público queria, não poderia ser apenas um encontro, na forma de meet and greet. Pensei: eles querem isso, então vamos produzir! Graças a Deus, tenho uma equipe talentosa que acredita na visão e conseguiu organizar tudo rapidamente. Os profissionais da Somos Assessoria, junto com a BT Arts, trabalharam arduamente para que estivéssemos prontos para o show em janeiro, logo após o descanso de Natal e Ano Novo. Estou satisfeita com o resultado e com os ensaios.
Você esperava que tudo isso fosse fazer tanto sucesso? Os ingressos se esgotaram em minutos!
Não estava preparada para essa situação… fiquei um pouco ansiosa, pensando que as coisas estavam muito apressadas, considerando que em janeiro as pessoas costumam viajar para as férias, entre outros fatores. Os fãs estão me pedindo um retorno no Instagram, mas nunca sabemos a real demanda. Pensei que fazer um esquenta em janeiro com esse encontro seria uma boa maneira de iniciar as celebrações dos 20 anos de Floribella e entender quem é o nosso público e de que forma poderíamos desenvolver os shows. O evento estava agendado para ocorrer em outubro de 2025, mas tivemos 42 mil pessoas tentando adquirir os ingressos. Nesse momento, fiquei surpreso, de uma forma positiva! Decidi investir meu próprio dinheiro juntamente com meus sócios para realizar o espetáculo, que denominei como Encontro Musical. Não quis alterar o local, já que as pessoas haviam adquirido os ingressos e sabia que isso poderia deixar alguns descontentes. Conversei com a equipe: precisamos manter assim, não é viável trocar para um teatro e mudar as datas no Rio. Em São Paulo, conseguimos um espaço maior mantendo tanto a data quanto o horário dos ingressos vendidos. Depois disso, foi necessário correr para criar um roteiro e, a partir daí, iniciar a produção dos figurinos, contratar bailarinos, equipe, e assim por diante. Mas como tudo que é destinado a acontecer, possui uma energia própria e flui naturalmente, todos os profissionais com quem eu queria trabalhar estavam disponíveis nas datas que precisávamos. Era para começarmos essa jornada em janeiro, de fato.
Houve algum obstáculo para realizar esse retorno?
A principal dificuldade foi o tempo restrito, além das incertezas iniciais sobre o roteiro—se optaríamos por tocar com banda, optar por um formato acústico ou se deveríamos fazer uma grande comemoração. Depois que tomei a decisão e definimos esse aspecto, as coisas começaram a fluir de maneira mais tranquila. Naturalmente, é fundamental ter uma equipe que confie no projeto e esteja entusiasmada em fazê-lo acontecer, trabalhando em colaboração. Demorei um pouco para encontrar essas pessoas, mas tenho a certeza de que tudo ocorreu como deveria. É necessário ter coragem e disposição para criar um espetáculo em um curto espaço de tempo, como fizemos. Espero que o público saia tão contente quanto estamos nós ao produzir este evento.
Você planeja realizar mais shows além das apresentações em São Paulo e no Rio de Janeiro?
Tenho a intenção de viajar pelo Brasil… precisamos avaliar as regiões com demanda, o porte dos teatros, quantas apresentações podemos realizar, e também necessitamos de apoiadores e patrocinadores. Não quero agir de forma precipitada. Quero garantir que toda a logística seja bem estruturada, para que o público possa desfrutar desse retorno da maneira que eles esperam e desejam.
Como é perceber que Floribella continua sendo tão amada mesmo após tantos anos desde a transmissão original da série?
Reconheço o quão significativo é esse carinho do público. Depois de tantos anos, essa personagem ainda faz parte da memória afetiva de muitos, e estou ciente de que essa não é uma ocorrência frequente na vida de um artista. Sei que poucos tiveram a chance de reviver personagens em suas carreiras, especialmente da maneira que aconteceu com Floribella, que saiu do universo da novela e se tornou parte de outros espaços, como as rádios do país e os teatros. Realizamos shows para 10 mil pessoas em Salvador; nunca esquecerei daquele público e da emoção que senti ao subir ao palco. Não há uma explicação clara para isso, não existe uma fórmula de sucesso que possa ser repetida. Há algo mágico nesse processo, e eu acredito sinceramente nisso. Doy valor a essa oportunidade que essa personagem representa na minha vida, e este show é mais uma maneira de celebrar a vida e a sorte de ter vivido tudo isso.
Você tem novos projetos que poderia compartilhar?
Neste ano, a série que criei sobre a violência contra a mulher, intitulada Estranho Amor, será exibida em um canal aberto na Record TV e posteriormente deve ficar disponível em algum serviço de streaming. Ainda este ano, iremos gravar a segunda temporada... A personagem Laura teve um impacto profundo em mim e me fez confrontar a questão do abuso de maneira direta. Cada episódio da série é inspirado em uma história verdadeira e minha personagem trata sobre a violência e o estupro que ocorrem dentro do matrimônio. É uma grande honra fazer parte de iniciativas que se dedicam a aumentar a consciência da sociedade sobre problemas que ainda requerem atenção, e acredito que essa é uma das funções da arte e do meu papel como criadora. Posso proporcionar ao público momentos de sonho e felicidade, assim como posso, através de minhas personagens, abordar temas que são difíceis, permitindo que possamos curar-nos juntos. Sinto-me afortunada por ter a chance de viver diversas experiências em uma única vida!
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