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Reconhecida por seu papel de destaque em "Vale Tudo" como Nise, a funcionária que esconde o segredo da vilã Odete Roitman, a atriz Teca Pereira, de 72 anos, possui uma trajetória pessoal tão notável quanto os personagens que interpreta.
Com prêmios tanto no teatro quanto no cinema, Teca foi adotada aos 6 anos, após ser deixada pela mãe biológica, uma empregada doméstica, aos cuidados de uma senhora rica, para evitar que fosse encaminhada ao orfanato onde já residia sua irmã mais velha.
Quando ainda era um bebê, a mãe de Teca a levava com ela ao trabalho. Nesse cenário, a atriz começou a ser cuidada por Clarisse, uma vizinha da casa de sua mãe em São Paulo. Esta mulher, descendente de holandeses, mostrou-se sensível à situação da criança e passou a tomar conta dela. Após um período de seis meses juntos, a mãe decidiu confiar a criação da filha a Clarisse, com a adoção sendo formalizada quando Teca completou 6 anos.
“Eu tinha 1 ano e estaria indo para a mesma instituição que minha irmã, que tinha 2 anos e meio. Porém, só poderia ir quando tivesse 2 anos. Minha mãe então pensou: 'Bom, se ela vai para a instituição, por que não deixá-la com Dona Clarisse?'. E assim eu fiquei,” relatou a atriz em uma entrevista ao programa Persona, da TV Cultura. A mãe que a criou faleceu em 1990.
“Minha vida não seria como é se não fosse Dona Clarisse. Ela foi uma mãe dedicada, me colocou na dança, me deu fundamentos. Isso foi um grande presente para mim. Sou imensamente agradecida."
Duas vezes por ano, a mãe biológica e a irmã a visitavam: no Natal e em seu aniversário, em julho. “Era uma relação cordial. Na verdade, quem gera amor é quem está presente, quem te cria. Era um vínculo um tanto distante, tanto que precisei fazer terapia depois para tratar disso.”
Teca conheceu seu pai biológico somente aos 23 anos, pois a mãe afirmava que ele havia falecido.
“Descobri que meu pai estava vivo quando tinha 18 anos. Com 23, fui até ele. E foi uma experiência terrível. Eu não sentia nada, era um completo desconhecido. Ele se comportou de maneira extremamente desagradável, rude, bruta. Pensei: graças a Deus não fui criada por ele.”
O talento artístico de Teca começou a se manifestar na infância. Ela participou do programa "Grande Gincana Kibon" e conquistou prêmios em concursos de calouros. Com o apoio da mãe Clarisse, entrou na Escola Municipal de Bailado, associada à Fundação Theatro Municipal de São Paulo, onde se formou em balé clássico em 1970.
Apesar de ter uma formação em artes, buscou alcançar autonomia financeira atuando como secretária no Colégio Mackenzie, desafiando o desejo de sua mãe adotiva, que achava que ela não precisava trabalhar. Foi nesse intervalo que se decidiu definitivamente pelo teatro, a paixão que moldaria sua carreira profissional.
Teca Pereira estabeleceu uma trajetória robusta em telenovelas, séries, cinema e teatro. Participou de obras como "Belíssima", "Duas Caras" e teve papéis em séries como "Carandiru, Outras Histórias", "Amazônia – De Galvez a Chico Mendes", "Felizes para Sempre?", "Segunda Chamada", "Cidade Invisível", "3%", "Pico da Neblina" e "Irmãos Freitas".
No cenário teatral, conquistou o Prêmio Mambembe de Melhor Atriz Coadjuvante em 1997 por "Canção dos Direitos da Criança" e o Prêmio Aplauso Brasil de Teatro por "Eles Não Usam Black Tie" em 2019. Também recebeu o Prêmio Arcanjo de Cultura, em reconhecimento ao seu envolvimento nas artes, e foi indicada ao Aplauso Brasil por sua performance em "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?" em 2016. No cinema, foi laureada no ano passado como Melhor Atriz Coadjuvante por "Kasa Branca".
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