Globo é condenada a pagar valor para Suzane von Richthofen por mostrar teste sigiloso


A Globo foi condenada em segunda instância a indenizar Suzane von Richthofen em R$ 10 mil, devido ao assassinato de seus pais em 2002, um caso que gerou grande atenção pública. Suzane processou a emissora em 2018, por ter veiculado um laudo psicológico que era considerado sigiloso. A emissora, quando procurada, preferiu não se pronunciar sobre o tema. A decisão ainda pode ser contestada.


O laudo em questão foi elaborado para verificar se Suzane poderia cumprir o restante de sua pena em regime semiaberto. A matéria relacionada foi transmitida em junho de 2018. O Tribunal de Justiça de São Paulo foi responsável pela decisão de condenação. Suzane já havia vencido na primeira instância e requisitou que o valor fosse depositado até o final de 2024. A Globo, por sua vez, decidiu recorrer.

O laudo psicológico exposto pela Globo indicava que não havia provas de que Suzane representasse um perigo, o que permitiria sua convivência na sociedade, embora também destacasse sua personalidade manipuladora e agressividade disfarçada.

Suzane afirmou que sua liberdade havia sido invadida, enfatizando que o caso estava sob segredo de Justiça. O relator da situação, o desembargador Rui Cascaldi, afirmou que, mesmo com o crime cometido, que faz parte da "história criminal do país", Suzane possuía direitos individuais.

"Esse tipo de divulgação, apesar da liberdade que a imprensa tem em uma sociedade democrática como a do Brasil, ultrapassa a simples informação", escreveu em sua decisão.

Suzane havia obtido vitória na primeira instância. Após recorrer, a Globo também foi derrotada na segunda instância, levando Suzane a solicitar a execução da sentença. A Globo optou por recorrer a instâncias superiores da Justiça.

Em 2002, Suzane foi condenada pelo homicídio dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em um bairro de alto padrão em São Paulo. Seu então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian Cravinhos, também foram condenados pelo crime.

Atualmente, Suzane está cumprindo a pena de 34 anos e 7 meses em regime aberto. Ela é mãe de um filho de um ano.

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