Líder da Igreja Universal e dono da Record enfrenta derrota em processo contra a Netflix


A Justiça do estado de São Paulo negou um pedido de liminar feito pelo bispo Edir Macedo, que é o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e proprietário da Record, exigindo que a Netflix removesse sua imagem do documentário "O Diabo no Tribunal", que foi lançado em 2023.

O filme aborda um julgamento que ocorreu nos Estados Unidos, no qual uma "possessão demoníaca" foi apresentada oficialmente como defesa em um caso de homicídio. Essa informação foi divulgada em uma coluna em dezembro. No processo, o bispo criticou o filme, chamando-o de "sensacionalista" e alegou que sua imagem foi exibida em duas ocasiões distintas de "sessões de libertação", apesar de os eventos descritos no documentário estarem ligados a grupos religiosos que não pertencem à Igreja Universal.
De acordo com a ação judicial, as gravações foram realizadas em encontros onde os fiéis da Universal tentam "se livrar de influências espirituais". O bispo Renato Cardoso, que também aparece no documentário, é coautor da ação contra a Netflix, buscando o mesmo resultado que Edir Macedo.


"Essas imagens pessoais foram utilizadas no filme sem a autorização necessária em um contexto claramente sensacionalista e de conteúdo perturbador, que envolve uma possessão demoníaca e um subsequente assassinato brutal", afirmaram os bispos na ação.

Se houver dificuldades técnicas para eliminar as imagens, eles solicitam que seus rostos sejam borrados para que não possam ser reconhecidos.

A juíza Paula da Rocha e Silva negou o pedido liminar, afirmando que os religiosos aparecem apenas por poucos segundos no filme, portanto "não se identifica, neste momento, a existência de um dano significativo, especialmente porque não há referência aos autores".

Postar um comentário

0 Comentários