Em meio à campanha extraordinária de Ainda Estou Aqui, o ator Selton Mello, 51, reforça o espaço de estrela eternizada no cinema nacional ao lado de Matheus Nachtergaele, 56, com O Auto da Compadecida 2. Após 25 anos, a franquia baseada na trama de Ariano Suassuna marca o reencontro de João Grilo, vivido por Matheus, e Chicó, interpretado por Selton, assim como a chance das estrelas da produção reviverem a parceria fixada na memória afetiva dos brasileiros.
Com reflexões acerca de vida, morte e fé na narrativa, o artista reflete sobre as próprias convicções desde o primeiro lançamento e a existência atemporal das personagens dentro dos atores. Além de negar qualquer deslumbre em meio à responsabilidade de morar no coração do público sem prazo de validade.
Curioso espiritual
Selton cita a mãe, Selva Mello, que morreu em julho deste ano em decorrência do Alzheimer, como referência de relação flexível com a fé. "Sou um curioso espiritual, sou muito parecido com a minha mãe, que foi uma mulher que sempre experimentou.
Embora não se defina como devoto de alguma religião específica, ele reforça o envolvimento com espiritualidade. "Herdei essa curiosidade espiritual da minha mãe. Então, eu sou uma mistura, gosto dessa mistura. Não me sinto tão religioso, mas me sinto uma pessoa muito espiritualizada. Sou muito ligado ao que vem do alto, sou muito conectado com isso, tenho ficado cada vez mais", declara.
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Essência sem idade
O veterano das telas garante que o envelhecimento da dupla com o passar das décadas não interferiu na reencarnação das figuras que estabeleceram Selton e Matheus na cultura brasileira. "Os corpos envelheceram, amadureceram, mas a essência deles é a mesma, são suas crianças, duas entidades e entidade não tem idade, é uma forma. A gente encarna e empresta nosso corpo para esses personagens, mas parece que eles existem sozinhos, parece que eles andam com a própria perna", explica.
'Pé no chão' com legado
Ele também conta como lida com o fato de estar eternizado com um personagem na memória do público, como poucos artistas conseguem ao longo da carreira. "É aquela coisa que acontece uma vez na vida de um ator.
"Agora, a gente teve a chance de brincar de novo com esses personagens, chamar para uma nova dança, respeitando a natureza deles. A gente brinca e se emociona e aí o público assistindo vai se divertir e se emocionar com eles, como aconteceu com a gente", completa.
https://revistaquem.globo.com/entrevistas/noticia/2024/12/selton-mello-diz-que-herdou-curiosidade-espiritual-da-mae-e-dispensa-deslumbre-com-legado.ghtml
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