Bissexualidade e primeiras paixões: Ator Pedro Goifman compartilha sua história


Estreante em novelas, Pedro Goifman vai ganhar ainda mais destaque em “Garota do momento”. Guto, o personagem dele na trama das 6, vai se descobrir gay. Na vida real, o ator de 21 anos é bissexual e já viveu um relacionamento aberto.
“Acho que minha primeira paixãozinha foi por um menino da escolinha. Logo depois, por duas meninas. Sempre tive uma relação tranquila com isso. Já tive um relacionamento monogâmico e outro aberto. Duas ótimas relações e sigo amigo das minhas ex-namoradas".
Na fase atual da novela, o ator faz par romântico com Klara Castanho (Eugênia). “O Guto é um menino sensível. Ele sonha com a liberdade dele e das pessoas que ele ama”, define o galã.
Na trama, Guto vai enfrentar a rejeição do pai ao revelar sua homossexualidade. Já na vida real, esse tema nunca foi um tabu para Pedro.
“O Nelson [interpretado por Felipe Abid] é muito diferente dos meus pais na vida real. Nunca precisei me ‘revelar’ para eles. Tudo sempre foi tratado de forma natural, porque é. Nunca tive nenhum problema”, diz o ator, filho dos cineastas Kiko Goifman e Claudia Priscila.

Feliz com o novo trabalho, Pedro considera importante abordar temas como machismo e homofobia em uma novela ambientada nos anos 50: “Os preconceitos seguem enraizados até hoje. É muito importante inventar um passado a partir de uma fabulação crítica, pois isso nos possibilita pensar no presente e em qual futuro queremos construir.”
Além da novela, Pedro Goifman pode ser visto na série "Além de ‘B.A.: Futuro Está Morto" e também está no elenco de "Tarã" — série da Disney Plus com Xuxa Meneghel e Angélica —, que vai estrear em 2025. Ele atua desde os 7 anos, e sua primeira aparição foi no curta "Califórnia", de Marina Person.
A gente sabe que o Guto vai se descobrir gay nos próximos capítulos de “Garota do momento”. Fale um pouco desse momento do personagem e como você enxerga ele.
O Guto é um menino sensível, sonhador, focado, mas que, ao mesmo tempo, adora se divertir com seus amigos. Sinto que ele tem um mundo borbulhando dentro dele, que às vezes explode, se manifestando de diferentes formas. A paixão pela Medicina conversa com o vento batendo no rosto quando anda de lambreta. Ele sonha com a liberdade. Dele e das pessoas que ele ama.


Na sua opinião, qual a importância de abordar esse assunto em uma novela de época?

A novela aborda temas importantíssimos, como machismo, racismo e homofobia. Se passa nos anos 50, mas os preconceitos seguem enraizados até hoje. É muito importante inventar um passado a partir de uma fabulação crítica, pois isso nos possibilita pensarmos no presente e em qual futuro queremos construir. Falar desses assuntos em uma novela é ainda mais importante. É um produto que atinge milhões de pessoas todos os dias. Precisamos ter muita responsabilidade. Estou muito feliz e honrado com a oportunidade de interpretar o Guto.



Como está a repercussão na novela? Tem muita torcida para o Guto ficar com a Eugênia (Klara Castanho)?

A repercussão tem sido incrível. Estou acompanhando as reações do público pelas redes sociais e é muito gostoso ver as pessoas torcendo pelos personagens. A relação do Guto com a Eugênia tem conquistado muito o público. Eles se encontram no carinho e no cuidado. Se apoiam muito. Também torço para que a trama caminhe para o melhor para os dois.

Como é a relação com a Klara fora do set?

É ótima.
Ela é uma pessoa incrível. Além disso, é uma atriz super experiente. Tenho aprendido muito com ela.

Você se declarou publicamente ser bissexual. Como foi esse processo de descoberta? Quantos anos tinha?

Não tive exatamente um processo de descoberta. Acho que minha primeira paixãozinha foi por um menino da escolinha. Logo depois, por duas meninas. Sempre tive uma relação tranquila com isso.

Pelo que parece, o Guto não vai ter o apoio do pai quando revelar a homossexualidade. Você teve o apoio da sua família ao se revelar bissexual?

O Nelson [interpretado por Felipe Abid] é muito diferente dos meus pais na vida real. Nunca precisei me “revelar” para eles. Tudo sempre foi tratado de forma natural, porque é. Nunca tive nenhum problema com meus pais em relação a isso.

Você disse numa entrevista que tinha um relacionamento aberto. Como foi essa experiência? Era com menina ou menino?

Foi ótimo. Já tive um relacionamento monogâmico e outro aberto. Duas ótimas relações e sigo amigo das duas pessoas. Acho que cada relação é de um jeito e o importante é a conversa. Ah, era com menina.

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