Humberto Morais (31) – estrela da série brasileira Sutura, ao lado da atriz Cláudia Abreu (54) – está em contagem regressiva para a estreia da nova produção do Prime Video, marcada a próxima sexta-feira, 22. Em entrevista, o ator paulistano fala, além do novo trabalho, sobre protagonismo negro no audiovisual e questiona papéis que ainda reforçam estereótipos tradicionais.
“Acho que está rolando um movimento interessante de contratar pessoas pretas para papéis de destaque no audiovisual, e isso é muito bom para as pessoas pretas poderem trabalhar. Como eu, no Sutura. Esse trabalho mudou a minha vida! É muito mágico poder estar trabalhando ali, fazendo e deixando acontecer. É muito importante pra gente estar em uma sala de elenco, e ter um monte de gente preta junto. Isso é muito lindo!”, diz Humberto.
“Conheci Rejane Faria, por exemplo, e a Naruna Costa; que são pessoas que eu era muito fã, amava o trabalho de ambas. E, do nada, elas estavam ao meu lado, fazendo coisas comigo. Voltei para casa chorando várias vezes de alegria, de ter pessoas pretas perto de mim; muito diferente de outros momentos. Não só do mercado, até porque eu não fazia tanto parte do mercado, mas de assistir”, continua o artista.
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“Por isso que é muito difícil falar, porque eu viro porta-voz de algo que é só o meu recorte, só posso falar do meu recorte. Mas daqui, desse lugar que eu te falo, vejo essa discussão acontecendo. E vai demorar um pouquinho para essa discussão – que acontece nas salas de roteiro – acabar. Mas essas histórias ainda precisam ser lapidadas.
Humberto abre o coração e assume que o assunto é muito difícil de ser discutido: “Como é difícil falar sobre isso. O cuidado que a gente tem que ter ao falar (...) porque a gente está sendo porta-voz de uma galera. E eu só posso falar do meu recorte, não posso estar amarrado a outras pessoas pretas. Para mim, fica muito difícil falar uma coisa e estar amarrado a alguém. Eu queria poder falar só por mim. E aí, fico com receio de falar e acabo tropeçando nas palavras”.
“Porém, acho que está num lugar muito interessante. Em questão de roteiro e dramaturgia, a gente tem algumas coisas para avançar, sim. Sempre tem coisas para avançar (...) Dá uma olhada para essas pessoas pretas fazendo teatro, porque elas estão discutindo como contar essas histórias, e aí a parada fica muito legal”, acrescenta.
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